Estou no uso. Quando posso dizer que a segunda fase começou?

Bom, a resposta é: – À partir da segunda dose.

Agora meu organismo experimentou e gostou da experiência de estar entorpecido.

Sou adicto?

– Vamos descobrir logo.

Adicção, ou drogadicção, ou dependência química e/ou alcoólica são termos usados para pessoas escravizadas por seus vícios, adquiridos pela predisposição de uso de entorpecentes, à partir de sua experimentação e, imediatamente, continuando no uso provocando uma mudança radical e drástica aos seus pensamentos, que por sua vez, se transformam em ações, trazendo suas consequências. Um tremendo desvio no caráter, provocando ruínas e decadência numa vida, que deveria seguir seu curso natural no âmbito familiar, educacional acadêmico, profissional e religioso, culminando em uma falta de controle contínua na busca do prazer enganoso produzido pelo uso.

Prazer: – Dopamina derramada no cérebro, dando a imediata sensação de satisfação. Deus fez tudo tão perfeito, mas o Homem com  sua insaciável vontade, tem que querer modificar esse sintoma e provocar o vício. Sentimos prazer em tantas coisas boas, passear, namorar, estar com a família, se alimentar, dormir, etc…

Nada disso necessita de algum entorpecente para dar prazer, mas quando passamos pela fase primária e experimentamos, e nosso organismo é predisposto ao uso, colocamos em ação a doença. Todos esses prazeres naturais, ficam pequenos perto do prazer vicioso do uso de drogas. A droga rouba os momentos e lugares mais importantes de nossas vidas. Em atendimento à alguns casais, eu costumo perguntar em meio a nossa conversa: ” – Qual foi a última vez que vocês simplesmente passearam de mãos dadas?” Geralmente os olhos da esposa ou namorada se enche de lágrimas, e aí vem uma outra pergunta retroativa: “- Você sabia que passear de mãos dadas da prazer?” E e sobre isso que vamos tratar. Os pequenos e mais valiosos prazeres da vida. A simplicidade de estar com o filho ou filha no colo…  O acompanhamento a um hospital, ou à escola, as refeições reunidos em família, e tantos momentos preciosos…

O primeiro passo a ser dado para um tratamento deste mal que hoje é reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), como uma doença que nos atinge física, mental e espiritualmente, é o de ser impotente para controlá-la sozinho.

Um dos princípios da aceitação é examinar-se. Eu costumo dizer que: “precisar de ajuda, muita gente precisa, mas o segredo é querer ajuda de verdade”.

Mas, como dar esse primeiro passo? – Iremos fornecer informações de auto-identificação de um perfil adictivo que se torna um rei, que alguns diriam: “Um rei que pode tudo!”